segunda-feira, 20 de junho de 2016

Ela

Ela tem um sorriso meigo e tímido;
Quase não dá para perceber;
Em contraste com o cabelo de cor quase tão quente quanto o sol ao entardecer...

Ela tem o olhar calmo, misterioso, que faz eu me perder;
Ao mesmo tempo, dourado, vibrante e intenso como os campos no outono...
Lugar que com certeza me recordaria;
Se ao menos em algum momento privilegiado pudesse conhecer...

Ela é do bem e me provoca o bem-estar;
Me conforta, me faz sonhar...
Mesmo que sem querer, talvez até mesmo sem saber;
Ela me tem sem precisar se esforçar...

E eu aqui, diante e ao mesmo tempo tão distante;
Querendo dela tudo o que ousei sonhar...
Com a mente inquieta, cheia de palavras bonitas que sequer consigo pronunciar;
Buscando talvez uma única chance de para ela esse poema recitar...

Amor fugaz

Uma madrugada em claro;
Devaneios de um passado que não pretendo reviver...
Pinturas que não quero ver;
Palavras que nunca quis escrever...
Lembranças de você.

Sigo em frente, sem olhar para trás;
Lembro-me de um amor verdadeiro que me fazia flutuar...
Que quando me dava conta, estava imerso no olhar que me fazia sonhar;
Amor intenso, porém fugaz...
Não, esse amor eu não quero mais.

Sentimentos que tem prazo de validade;
Não, eu não sei lidar...
Paixões ardentes com data para acabar;
Eu simplesmente não pretendo me arriscar...

Aquelas boas lembranças?
Sim, guardo-as no fundo do peito;
Enquanto supero a fria distância desse sentimento sem jeito...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vivendo sozinho em meio a tantos outros; Part. II


O nobre homem, aquele que tanto lutou com o monstro que vive em seu interior, o passado, hoje não se sente mais digno de tais condecorações, pois esse tal nobre, há algum tempo, descobriu que por muito tempo lutou em vão, que muitas dessas cicatrizes que ele carrega em seu corpo, de nada lhe valeram.
 Hoje ele se culpa, culpa o próprio passado, como pôde ter vivido tanto tempo em vão? Não que tenha sido tudo em vão, mas as conquistas foram tão poucas, se comparadas a tantas outras coisas que ele perdeu. Há dias o nobre homem se faz a mesma pergunta, tentando obter uma outra resposta. "Pelo que mesmo eu lutei?"
 Pobre homem, pudera ter descoberto tudo isso antes, antes de ter perdido tudo o que realmente o mantinha de pé e ele simplesmente não enxergava, ele apenas usou aquilo, mas em momento algum foi sábio o bastante pra enxergar. Mas no fundo ele sabe que lutou pelo mais nobre dos sentimentos, o amor, o mais forte, intenso e mais indecifrável dos sentimentos.
 Porém o nobre, quero dizer, esse pobre homem, mais uma vez, fez uma escolha errada, ele lutou por um amor não correspondido, esse por sua vez era seu pior inimigo, que o pobre homem por muito tempo não enxergara.


 E os dias se passavam o homem lutando com seu passado, dia-a-dia, tentando resgatá-lo, trazer de volta tudo aquilo que viveu intensamente, por tão pouco tempo.
 Conforme os dias se passavam, mais e mais batalhas aconteciam, mais cicatrizes se acumulavam no corpo do pobre homem, ao mesmo tempo, ele recorria daquela força misteriosa que lhe mantinha em pé perante tamanho obstáculo. Aquela força misteriosa, que sem querer o fazia lutar mais e mais pelos motivos errados, e que na hora do descanso, tirava-o do sangrento campo de batalha e o levava para as nuvens.
 Mas ele nunca enxergou isso, essa força, esse "querer bem", foi apenas usado, e nunca, nunca recompensado, pobre homem, crédulo, talvez mereça mesmo ser pra sempre castigado...
Hoje o homem não sangra mais, suas cicatrizes, enfim, tiveram o tempo necessário para se se fecharem, porém ele se encontra num lugar que talvez seja pior que aquele sangrento campo de batalha, num estado pior do que quando sua experiência vinha tratar de forma cruel, as cicatrizes que ele tinha adquirido em mais um dia de luta.
 Esse pobre homem se encontrava nos campos do arrependimento, onde ao invés de frio e sangue, havia sol e calor, o homem não sentia mais a dor da batalha, mas sentia um conforto perturbador, onde ele não sabe de onde vem, nem de quem. Mal sabe ele, que não vem de ninguém, ele simplesmente está ali e sempre esteve ali, para acalmar e punir os cegos derrotados que não enxergaram o sentimento verdadeiro, condição que se encaixava esse que um dia foi um nobre homem.
 "Onde está aquela força e aquela sensação boa que me mantinham de pé há um tempo atrás?" Se pergunta o homem, agora que percebeu seu erro, ele busca intensamente por aquilo que um dia lhe fez tanto bem, ele sabe que está perto, porém não consegue tocá-lo, mas ele não mede esforços mais uma vez, esse pobre homem ainda tem forças pra lutar, pois ainda carrega no peito a força de vontade de um nobre, essa que recuou no passado devido as brincadeiras maldosas daquele sentimento vago...
 Sendo assim, ele se ergue mais uma vez a cada dia, para buscar para si, aquilo que tanto lhe faz bem, e como eu disse, está disposto a lutar, nem que pra isso, seja preciso que todas as suas cicatrizes voltem a sangrar, seja qual for o preço, ele está disposto a pagar.
 Que mais infinitas lutas sejam travadas, que mais inúmeras cicatrizes sejam cravadas, mas que mais nenhuma lágrima de arrependimento seja derramada. Uma verdade não se pode negar, esse nobre homem, nasceu para amar...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Tu bagunça cada centímetro do meu ser

Faz tanto tempo, eu quase não sinto mais teu calor, mas aqui dentro, quero que saiba que nada mudou, eu ainda guardo uma pequena e frágil chama, o que restou do meu amor por ti, ainda permanece vivo.
Hora, me perco nos meus sonhos, esperando acordar e te ver ao meu lado, hora tento me enganar sobre, digo pra mim mesmo, que não te amo mais, saio em busca de outros rostos, de outros olhares, de outros beijos, e não os encontro, e essa pequena chama arde em meu peito, chega a machucar mais do que já estou, apenas pra mostrar o que em momento de total desespero eu não consigo enxergar, ela me mostra que não é em outros rostos que eu vou te amar.
Bom, eu continuo a sua espera, é meu destino acho, porque depois de tu, ninguém foi bom o bastante pra me arrancar os suspiros, o sorriso bobo, e as palavras que eu quase nunca fui capaz de te dizer.
É bom te ter por perto, mesmo não sendo como eu quero, me faz sentir vivo mesmo assim, se eu não pudesse contar nem com isso, não sei o que seria de mim, porque tu mexe com cada centímetro do meu ser, me proporcionando a vontade necessária pra seguir em frente, e eu não sei mais viver sem pelo menos isso.
Eu te amo demais garota, e isso não vai mudar nunca.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Obrigado companheira.

É, minha lindona, desde que você se foi, eu ainda não consegui aceitar isso, e sendo assim, ainda não consegui prestar minhas sinceras homenagem, à você, minha companheira de longa data, que por muitos anos, fez os meus dias mais felizes, que quando eu acordava, sem o menor ânimo pra encarar mais um dia, lá estava você na porta com toda aquela animação que contagiava ao primeiro olhar.
 Animação que as vezes até me irritava, justamente por estar sempre tão animada, mas nem por isso eu deixo de agradecer você a cada dia que você esteve entre nós, não só hoje, como sempre.
 Só agora percebi a razão da sua imensa felicidade todos os dias, Madonna, você é uma integrante de uma das infinitas espécies desse nosso imenso planeta, a qual foi livrada de conhecer toda a maldade que é esse mundo.
 Mas enfim, eu só tenho a agradecer aqui, cada dia, cada segundo, cada problema, cada birra sua...
Enfim, só tenho a agradecer por você ter existido minha Madonna...
 Estarás em nossos corações sempre.


Madonna: 2002 - 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

Memórias de um derrotado

E pensar que um dia acreditei que iria vencer;
E pensar que um dia você ia me notar...
Pensar que um dia eu realmente poderia te enxergar como sempre quis te ver;
Acreditar que todas as minhas palavras iriam teu coração alcançar...

Vou cortar os laços que ainda me prendem a tua presença cruel;
Vou me distanciar de todo esse seu mal involuntário...
Vou ser crédulo o bastante pra crer que você não faz por querer;
Vou seguir em frente, não vou mais te seguir, e você, por favor, não vá se arrepender...

Essas são as memórias de um derrotado;
Memórias de um alguém injustamente sacrificado...

Então siga em frente e não se arrependa, não olhe para trás;
Não volte, não olhe, não aqueça seu coração...
Ou agora, a morte desse rapaz terá sido em vão;
Não volte, não olhe para trás, mágoas?
Relaxe, com o tempo e com o vento, até a pior se desfaz...

Pois essas são as memórias de um derrotado;
Uma maldição que ele injustamente, à carregar foi selecionado...
Essas são as minhas memórias de um derrotado;
Não volte e não olhe para trás, hoje isso não tem mais significado...

domingo, 10 de março de 2013

Um suspiro, um pouco da verdadeira felicidade...


Quero encontrar um tesouro, mais valioso que qualquer ouro ou diamante;
Quero essa jóia de valor inestimável, de brilho radiante...
Quero a felicidade, um dos maiores tesouros da humanidade atual;
A única capaz de nos libertar de toda essa tristeza, de todo esse mal...


E então eu canto, e minhas belas palavras estão carregadas de ódio...
Eu canto, e assim eu liberto do mal, meu coração;


Felicidade, o presente tão almejado, para aquele que chora;
Para os que já não possuem forças pra seguir adiante...
Para quem não suporta esse dia-a-dia de sofrimentos constantes;
Felicidade agora, para aquele que chora, para quem grita e implora...

E então eu canto, e cuspo pra fora toda a tristeza que crava em minha carne...
Canto, choro e grito, pois tal sentimento ruim me põe em estado de insanidade;

Felicidade, para os guerreiros, que mesmo tristes, não abandonam a caminhada;
Com a promessa de que dias melhores estão por vir...
Com a chama ardente, queimando no peito intensamente;
Felicidade, por um dia em que verdadeiramente, se possa sorrir...

E então eu canto sozinho, pois só assim posso libertar a minha alma...
Canto sem escutar a minha voz, pra não escutar as palavras afiadas causadas por sentimentos frios;

Sorrir sem tristeza no peito, sem aquela falsidade que abita os becos mais sombrios da alma;
E então eu canto, e minhas belas palavras estão carregadas de ódio...
Eu canto e assim eu liberto do mal, meu coração;
E então eu posso dormir...